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Honduras, Myanmar e Haiti são os países mais afetados por fenómenos meteorológicos extremos na última década - Portugal lidera na Europa

Terça-feira, 12.11.13

[Actualizado] O Índice de Riscos Climáticos Globais (Global Climate Risk Index) para 2014 analisou a dimensão e perdas dos impactes causados pelos fenómenos meteorológicos extremos (tempestades, cheias, ondas de calor, etc.) e concluiu que em 2012 os países mais afetados foram o Haiti, as Filipinas e o Paquistão.

Nesta avaliação, que teve em conta os dados mais recentes (até 2012), os países que surgem no topo da tabela dos mais afetados para o período 1993/2012 são as Honduras, Myanmar (Birmânia) e o Haiti. Neste período foram contabilizadas mais de 530 mil vítimas em cerca de 15 mil fenómenos metrorológicos extremos. Portugal surge em 16º lugar no ranking 1993/2012 (o país europeu com índice mais elevado) e na 55ª posição no índice para 2012.

Esta 9ª edição da responsabilidade da ONG GermanWatch reafirma que os países menos desenvolvidos são geralmente mais afetados do que os países mais industrializados, embora conclua que alguns dos países vulneráveis em desenvolvimento são afectados apenas de forma esporádica. Este relatório é mais um cartão vermelho que evidencia a vulnerabilidade já existente e que pode aumentar ainda mais em regiões onde os eventos meteorológicos extremos podem tornar-se mais frequentes devido às alterações climáticas. [relatório em PDF - em inglês]

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por Quercus às 17:04

Jovens juntam-se a Yeb Saño em greve de fome contra o insucesso da COP19

Terça-feira, 12.11.13


Foto: TckTckTck

Ao chefe da delegação das Filipinas que ontem anunciou uma greve de fome na COP19, que está a decorrer em Varsóvia, na Polónia, juntaram-se hoje, à hora de almoço, mais três dezenas de jovens activistas, num jejum que pede desenvolvimentos significativos nesta conferência do clima.

De lágrimas nos olhos, Yeb Saño iniciou um jejum até que sejam acordadas medidas eficazes contra as alterações climáticas, cujas consequências diz estarem à vista nos fenómenos atmosféricos extremos cada vez mais frequentes, “que não devem ser chamados de naturais”, como o supertufão Haiyan, conhecido nas Filipinas como Yolanda, cuja estimativa de vítimas ultrapassa já as dez mil.

Há um ano, na COP18, que decorreu no Qatar, o negociador-chefe das Filipinas contou igualmente emocionado como o tufão Bhopa causou centenas de mortos e destruiu várias cidades filipinas e pediu aos restantes delegados que mantivessem o Protocolo de Quioto. Este ano, a tragédia repetiu-se ainda com mais força, com o Haiyan a arrasar parte do país, incluindo a cidade de Tacloban, onde vive a família de Yebg Saño. “Vamos acabar com esta loucura aqui e agora”, apela o delegado filipino. 

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por Quercus às 16:42

Expectativas da Rede de Ação Climática para a COP19

Terça-feira, 12.11.13

A Rede de Ação Climática (CAN, da sigla em inglês) espera que a COP19, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que está a decorrer em Varsóvia, aumente o nível de ambição no curto prazo e estabeleça um caminho de combate às alterações climáticas para 2015. [versão em PDF e vídeo da conferência de imprensa]

Varsóvia: No caminho para Paris - Expectativas da Rede de Ação Climática para a COP19

A CAN é a maior rede mundial da sociedade civil, com mais de 850 organizações em 90 países, que trabalham em conjunto na promoção da ação governativa para lidar com a crise climática. A Quercus é membro da CAN Internacional fazendo parte do núcleo regional europeu, a CAN Europa. mais em www.climatenetwork.org

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por Quercus às 12:10

“Fóssil do Dia” vai para a Austrália e “Raio da Solidariedade” para as Filipinas

Terça-feira, 12.11.13

A Austrália recebeu ontem o primeiro “Fóssil do Dia” da COP19, uma iniciativa diária promovida pelas organizações não governamentais de ambiente e desenvolvimento da Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês), que junta mais de 850 organizações, para distinguir os países com pior prestação na conferência.

Quando muito pensavam que a posição da Austrália não podia piorar, soube-se anteontem que o país não tenciona apresentar novos compromissos financeiros em Varsóvia, nem mesmo depois da tragédia ocorrida nas Filipinas, país vizinho que precisa de apoio financeiro internacional para se precaver para o futuro. Esta postura de falta de compreensão dos objectivos do financiamento climático valeu ao Governo de Camberra o primeiro “Fóssil do Dia”.

Por outro lado, as ONG decidiram atribuir um galardão especial às Filipinas, com o “Raio da Solidariedade”, um galardão baseado no “Raio do Dia”, o prémio que distingue os progressos nas negociações. Neste caso é um gesto solidário para com as Filipinas e as outras nações que foram atingidas pela devastação deixada pelo supertufão Haiyan, e uma forma de reforçar a exigência de um novo acordo vinculativo em 2015, que permita reduzir a ameaça das alterações climáticas.

“Ouvimos o principal negociador da Filipinas, Yeb Sano, na abertura da COP, a pedir medidas urgentes para evitar a repetição da tempestade devastadora que atingiu o seu país durante o fim de semana. Sano agradeceu à sociedade civil, especialmente aos que arriscam as suas vidas a subir a plataformas de petróleo no Ártico, tentam impedir a construção de novos oleodutos, ou tomam ação direta contra a indústria de combustíveis fósseis sujos. Por isso dizemos a Sano e ao resto dos países do mundo, que a sociedade civil nunca sentiu tanto a urgência de acção, e garantimos que nunca vamos perder a nossa paixão, motivação e determinação para alcançar mudanças neste e noutros eventos”, afirmam os ativistas da CAN.

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por Quercus às 09:00