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Amanhã: Protesto internacional pela libertação dos ativistas da Greenpeace acusados de pirataria na Rússia

Sexta-feira, 04.10.13

Organizações Não Governamentais (ONG) e ativistas de mais de 80 cidades e 45 países, incluindo Lisboa [ver evento no Facebook], promovem amanhã, dia 5 de Outubro, um dia internacional de protesto junto de representações diplomáticas russas para exigir a libertação imediata dos 28 ativistas da Greenpeace e dos dois freelancers que foram detidos recentemente pelas autoridades russas em Murmansk, sob a acusação de pirataria.

As acções pretendem também exigir “pleno acesso dos ativistas, enquanto estiverem detidos, à assistência legal e consular, de intérpretes e do acesso de inspetores de direitos humanos” e que seja dada prioridade “às investigações sobre as atividades destrutivas das petrolíferas no Ártico, em vez de procurarem intimidar de modo agressivo o ativismo pacífico”. À semelhança do que exigiam os activistas da Greenpeace quando foram detidos, as acções de amanhã pugnam igualmente pelo “fim da exploração de petróleo offshore no Ártico para sempre” [subscrever petição em inglês].

Os activistas começaram a ser detidos a 18 de Setembro, quando participavam numa ação pacífica na plataforma de petróleo Prirazlomnaya, da empresa Gazprom. No dia seguinte, a guarda costeira russa subiu ilegalmente a bordo do navio Arctic Sunrise, que se encontrava em águas internacionais, e colocou os 28 ativistas da Greenpeace e os dois freelancers (fotógrafo e repórter de imagem) que aí se encontravam sob custódia de guardas armados, durante os cinco dias que o navio demorou a ser escoltado até ao porto de Murmansk. Após a chegada, os ativistas foram presos pelas autoridades em terra.

No dia 26 de setembro, os 30 detidos compareceram numa audiência preliminar no tribunal de Murmansk, onde se decidiu que a maioria deles seria mantida em prisão preventiva por dois meses, enquanto decorre uma investigação por possível pirataria, uma alegação contestada pela Greenpeace e por outras ONG. O próprio presidente Putin declarou que não acredita que os ativistas tenham praticado qualquer ato de pirataria, mas isso não impediu que no início da semana os 30 detidos fossem formalmente acusados de pirataria, um crime que pode ser punido com penas de prisão até 15 anos. Informação actualizada aqui (em inglês).

 

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por Quercus às 15:01