Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


IPCC lança vídeo sobre a base científica das alterações climáticas

Quinta-feira, 21.11.13

O Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) divulgou hoje um vídeo sobre as conclusões do seu mais recente relatório científico sobre a ciência climática. Em Março e Abril de 2014 serão publicados mais dois relatórios e, em Outubro, será lançado o relatório global de síntese da quinta avaliação global (AR5) desde que foi criado este organismo.

Artigo relacionado:

Vídeo ilustra previsões do último relatório do IPCC

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 19:22

Vídeo ilustra previsões do último relatório do IPCC

Quinta-feira, 21.11.13

 

A informação não é nova, resulta do 5º relatório de avaliação do Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), lançado em Setembro, mas ainda não tinha sido mostrada desta forma. O Programa Internacional Geosfera-Biosfera e a Globaia, aproveitaram o arranque da COP19, em Varsóvia, para lançar um vídeo que ilustra visualmente os dados do mais recente relatório científico sobre a ciência climática.

O vídeo de três minutos, financiado pela Fundação das Nações Unidas, mostra os riscos das alterações climáticas e o desafio de manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC. Segundo os dados do relatório do IPCC, há mais certezas que nunca de que os seres humanos são responsáveis pela maior parte do aquecimento global (probabilidade de 95 a100%) e seus impactos e que as emissões de carbono são responsáveis por todo o aquecimento nos últimos 60 anos.  O relatório aborda diversos aspetos, entre eles a velocidade atual e futura a que o planeta está a aquecer, os impactes sobre as comunidades e biodiversidade e as principais medidas de mitigação e adaptação às alterações climáticas.

Segundo o IPCC, ainda existe uma probabilidade de 66 a 100% de o planeta não ultrapassar o limiar 2ºC de aquecimento acima da temperatura pré-industrial, meta estabelecida internacionalmente, mas para isso só poderemos emitir mais 250 mil milhões de toneladas de carbono para a atmosfera. Dado que as emissões são actualmente cerca de 10 mil milhões de toneladas por ano, com tendência para subir, a humanidade irá ultrapassar este limite nos próximos 25 anos. Sem grandes cortes de emissões, dificilmente ficaremos abaixo dos 2ºC, alerta o vídeo. [Fonte: Climasphere]

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 08:30

Alterações climáticas: Portugal é o 3º país com melhor desempenho entre os 58 países mais industrializados (CCPI 2014)

Segunda-feira, 18.11.13

O Climate Change Performance Index (CCPI) é um instrumento inovador que traz maior transparência às políticas climáticas internacionais. O índice é da responsabilidade da organização não governamental de ambiente GermanWatch e da Rede Europeia de Ação Climática. A Quercus, que integra este Rede, colaborou na avaliação qualitativa pericial efetuada a Portugal. O anúncio é feito hoje, 18 de novembro, na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP19), que está a ter lugar em Varsóvia, na Polónia (estudo disponível aqui).

Portugal ficou classificado em 6º lugar (onde os 3 primeiros não foram atribuídos) em termos de melhor desempenho relativamente às políticas na área das alterações climáticas. Esta é uma classificação que compara o desempenho de 58 países que, no total, são responsáveis por mais de 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia. Na prática, Portugal é o 3º melhor país, na medida em que, tal como ano passado, os três primeiros lugares estão vazios, por se considerar não haver por agora nenhum país merecedor do pódio no que respeita à proteção do clima. O objetivo do índice é aumentar a pressão política e social, nomeadamente nos países que têm esquecido o trabalho nacional no que respeita às alterações climáticas. Já no ano passado, Portugal tinha obtido o terceiro lugar do índice. Porém, uma revisão recente dos dados pela Agência Internacional de Energia fez com que, nos resultados do ano anterior, Portugal ocupasse efetivamente na quarta posição.

A metodologia revista é centrada principalmente em indicadores objetivos: 80% da avaliação é baseada em indicadores de emissões (30% função dos valores de emissões e 30% função da evolução recente das emissões), eficiência (5% relacionado com nível de eficiência energética e 5% com a evolução recente), e ainda o recurso a energias renováveis (8% em função da evolução recente e 2% função do peso do total de energia primária de fontes renováveis). Os restantes 20% baseiam-se na avaliação de mais de 250 peritos dos países analisados, tendo a Quercus intervindo neste critério. O CCPI2014 foca-se particularmente na questão da política nas áreas das energias renováveis e eficiência energética, por se considerar que estas são as principais vias para a mitigação das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e considera também as emissões associadas à desflorestação.

Tal como no ano passado, há, na opinião dos peritos, uma insatisfação generalizada em relação às medidas tomadas por cada país para assegurarem, à escala global, um aumento de temperatura inferior a 2ºC, em relação à era pré-industrial. 

Portugal consegue o melhor resultado de sempre

Neste nono ano do CCPI, Portugal consegue o melhor lugar de sempre, subindo uma posição, pela redução no uso de combustíveis fósseis, fomentada pelo contexto de crise, e pelos resultados da política energética, devido principalmente ao investimento nos últimos anos em energias renováveis.

Portugal obtém neste índice de 2013 a classificação geral de “bom”, não havendo nenhum país com “muito bom”. Nos critérios ‘nível de emissões’, ‘evolução de emissões’ e ‘energias renováveis’ o resultado foi “moderado”; nos critérios ‘evolução da eficiência’ e ‘política climática’, o resultado foi “bom”. Pela consistência de valores nos vários critérios e por comparação com os outros países, o resultado final foi considerado “bom”, permitindo a Portugal um lugar no pódio.

Na crise, Portugal e Grécia com dois caminhos diferentes

Os países europeus mais afetados pela crise económica têm, no entanto, um comportamento diversificado em termos de política energética e climática. Portugal é um exemplo de como lidar com a crise económica, obtendo resultado das políticas climáticas e reduzindo a dependência de recursos, lucrando com investimentos, feitos em governos anteriores, em áreas chave, como as energias renováveis, ainda que alguns destes investimentos comprometam a biodiversidade e a integridade de áreas classificadas e relevantes para a conservação da natureza. Por enquanto, Portugal melhorou a sua posição, a qual pode estar contudo ameaçada pela política menos construtiva do atual governo, que já abrandou alguns dos investimentos benéficos, em particular nas energias renováveis. Sob os efeitos da crise e do controlo económico da ”troika”, a Grécia abandonou todas as políticas climáticas. A Irlanda, por sua vez, também piorou três lugares neste índice.

Países marcantes no índice

Se, por um lado, o índice é calculado com base em dados que mostram termos atingido um pico de emissões, nota-se que o crescimento das mesmas é feito apenas à custa da China (80% da responsabilidade nos últimos 10 anos), e não do resto do mundo, cuja tendência é da estabilização. A China, com a implementação de políticas energéticas mais sustentáveis, poderá assim vir a fazer toda a diferença. Existe porém a ameaça de novas fontes de emissão de dióxido de carbono, como a exploração do gás de xisto, em particular nos Estados Unidos da América.

Os melhores lugares (a começar no 4º lugar, dada a ausência dos três primeiros) foram para três países europeus - a Dinamarca, o Reino Unido e Portugal (considerado uma surpresa), à frente ainda da Suécia (7ª). A Alemanha saiu do “topten”, ocupando agora o 19º lugar, muito penalizada pela atitude que tem tomado em decisões de política climática à escala europeia, na área do comércio de emissões e da melhoria de eficiência dos automóveis. Os piores países são o Canadá, Irão, Cazaquistão e Arábia Saudita.

A Dinamarca apresentou o melhor desempenho pela sua recente tendência de redução das emissões e por uma política climática considerada excecionalmente positiva. Na União Europeia, a Holanda sobe 18 posições graças às políticas do novo governo, a Polónia é a penúltima (45º lugar), e no fundo da tabela está a Grécia, com o pior desempenho (47º lugar).

O desempenho da China melhorou oito lugares (de 54º para o 46º lugar) e mostra sinais positivos pois, apesar do aumento de emissões, está a conseguir separá-lo do crescimento do PIB, tendo grandes investimentos em energias renováveis e estando a limitar o uso do carvão, sobretudo por causa dos enormes problemas com a qualidade do ar. A Índia volta a recuar seis lugares, dada a forte tendência de aumento das suas emissões. Os Estados Unidos da América mantêm o 43º lugar, à custa da crise económica e também da redução do uso de carvão.

Varsóvia, 18 de Novembro de 2013

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 08:00

Energia a preços acessíveis não é possível sem olhar para a eficiência energética

Sábado, 16.11.13

O recente relatório “World Energy Outlook2013”, da Agência Internacional de Energia, mostra que a crescente exploração de fontes de petróleo e gás não convencionais não significa que o mundo se encontra perante uma nova “era dourada” de exploração de combustíveis fósseis. Energia a preços acessíveis para todos é mais importante hoje do que nunca, e torna-se urgente implementar a curto prazo medidas para promover a eficiência energética e reduzir os preços da energia a nível global.   

O estudo mostra ainda que a crescente exploração de fontes de petróleo e gás  não convencionais, como o petróleo de xisto nos Estados Unidos e as areias betuminosas no Canadá, permitirá compensar (em parte) o fosso crescente entre a procura mundial de petróleo e a produção de petróleo bruto convencional nas próximas décadas. Já a produção dos atuais campos petrolíferos deverá diminuir em mais de 40 milhões de barris por dia em 2035.

A fração de petróleo convencional no consumo deverá recuar em 2035 para cerca de 65 milhões de barris por dia, contra os atuais 70 milhões de barris. A descoberta de novas jazidas de petróleo, como as do Brasil, poderá compensar este declínio. Paralelamente, o acesso aos recursos não convencionais graças ao avanço tecnológico vai conceder vantagens competitivas aos Estados Unidos em relação à União Europeia e ao Japão, sobretudo nos setores como o do aço, do papel e do cimento. No entanto, e apesar das suas reservas domésticas destes recursos, o Médio Oriente vai tornar-se o segundo maior consumidor mundial de gás em 2020 e o terceiro maior consumidor de petróleo em 2030.

A eficiência energética continua, apesar de tudo, a ter um papel fundamental e um potencial muito vezes ignorado ou por desenvolver. Dois terços do potencial de poupança em eficiência energética continua por explorar, enquanto não forem derrubadas algumas barreiras de mercado, como os perversos subsídios aos combustíveis fósseis. As fontes de energia de baixas emissões de carbono vão corresponder a cerca de 40% do crescimento da procura de energia global. [ver sumário executivo]

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 09:00

Organização Meteorológica Mundial diz que 2013 será um dos 10 anos mais quentes já registados

Sexta-feira, 15.11.13

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) acredita que 2013 será um dos dez anos mais quentes desde que foram iniciados os registos modernos em 1850. “Os primeiros nove meses do ano estão empatados com os de 2003, o sétimo ano mais quente da história, com uma temperatura da superfície da terra e do mar cerca de 0,48°C acima da média do período 1961-1990”, lê-se na declaração anual provisória da OMM sobre o estado do clima global em 2013 (disponível em PDF).

Segundo o documento, os meses de Janeiro a Setembro foram mais quentes que o período homólogo em 2011 e 2012, anos em que o fenómeno “La Niña” teve um efeito de arrefecimento. “Todos os anos têm sido os mais quentes desde 1998 e 2013 continua essa tendência que deve prolongar-se a longo prazo. Este ano as temperaturas estão quase na mesma média que as de 2001/2010, a década mais quente já registada”, diz Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.

A OMM explica que as temperaturas da superfície são apenas parte do quadro mais amplo das alterações climáticas, cujo impacte já é sentido no ciclo da água, através de inundações, precipitações e secas extremas. Jarraud salienta que embora a relação entre as alterações climáticas e a frequência de ciclones tropicais seja um assunto ainda sob muita investigação, é esperado que o impacte seja mais intenso nas próximas décadas. “Apesar de tufões como o Haiyan não poderem ser directamente atribuídos às alterações climáticas, o aumento do nível do mar está a fazer com que as populações costeiras fiquem mais vulneráveis quando ocorrem essas catástrofes”.

O relatório provisório da OMM avança também que o nível dos oceanos tem subido a uma taxa média de 3,2 milímetros por ano desde que começaram os registos por satélite, em 1993, devido ao degelo das regiões polares. Este valor está próximo da taxa de cerca de 3 mm/ano registada na década 2001/2010 e é o dobro da tendência de 1,6 mm/ano observada no século XX.

O secretário-geral da OMM recorda ainda que “as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa atingiram novos máximos em 2012” (ver notícia) e que são esperados “níveis sem precedentes mais uma vez em 2013”. “Isso significa que estamos comprometidos com um futuro mais quente”, afirma. [Fonte: OMM]

Nas notícias:

Diário Digital: ONU: Aumento do nível do mar põe em perigo as populações costeiras
Euronews: 2013 é dos anos mais quentes desde o séc. XIX
RTP: 2013 é ano de fenómenos climáticos extremos e de subida histórica dos oceanos
TSF: 2013 deve entrar para top10 dos anos mais quentes de sempre
Terra: OMM diz que 2013 ficará entre os 10 anos mais quentes da história
ONU Brasil: Ano de 2013 está entre os mais quentes já registrados no planeta, afirma Organização Meteorológica Mundial

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 10:44

Honduras, Myanmar e Haiti são os países mais afetados por fenómenos meteorológicos extremos na última década - Portugal lidera na Europa

Terça-feira, 12.11.13

[Actualizado] O Índice de Riscos Climáticos Globais (Global Climate Risk Index) para 2014 analisou a dimensão e perdas dos impactes causados pelos fenómenos meteorológicos extremos (tempestades, cheias, ondas de calor, etc.) e concluiu que em 2012 os países mais afetados foram o Haiti, as Filipinas e o Paquistão.

Nesta avaliação, que teve em conta os dados mais recentes (até 2012), os países que surgem no topo da tabela dos mais afetados para o período 1993/2012 são as Honduras, Myanmar (Birmânia) e o Haiti. Neste período foram contabilizadas mais de 530 mil vítimas em cerca de 15 mil fenómenos metrorológicos extremos. Portugal surge em 16º lugar no ranking 1993/2012 (o país europeu com índice mais elevado) e na 55ª posição no índice para 2012.

Esta 9ª edição da responsabilidade da ONG GermanWatch reafirma que os países menos desenvolvidos são geralmente mais afetados do que os países mais industrializados, embora conclua que alguns dos países vulneráveis em desenvolvimento são afectados apenas de forma esporádica. Este relatório é mais um cartão vermelho que evidencia a vulnerabilidade já existente e que pode aumentar ainda mais em regiões onde os eventos meteorológicos extremos podem tornar-se mais frequentes devido às alterações climáticas. [relatório em PDF - em inglês]

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 17:04

Concentração de gases de efeito estufa atinge novo recorde em 2012

Quarta-feira, 06.11.13

As concentrações dos três principais gases de efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2012, continuando a tendência dos últimos anos, alerta a Organização Meteorológica Mundial (OMM) no estudo anual sobre estes gases responsáveis pelas alterações climáticas. Os dados revelam que entre 1990 e 2012 houve um aumento de 32% na forçante radiativa – uma medida do efeito do aquecimento sobre o clima - por causa do dióxido de carbono (CO2) e de outros gases de longa duração que retêm o calor, como o metano e óxido nitroso.

Desde o início da era industrial, em 1750, a concentração média global de CO2 na atmosfera aumentou 41%, o metano 160% e o óxido nitroso 20%. "As observações da rede de vigilância da atmosfera da OMM mostram claramente, mais uma vez, como os gases de estufa originados em actividades humanas estão a perturbar o equilíbrio natural da nossa atmosfera e são um importante contributo para as alterações climáticas", diz o secretário-geral da OMM.

Michel Jarraud alerta que “de acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas), se continuarmos com o "business as usual", até ao final do século a temperatura média global pode subir até 4,6 graus acima dos níveis pré-industriais, ainda mais em algumas partes do mundo, o que teria consequências devastadoras”. Por isso, acrescenta, “limitar as alterações climáticas vai exigir reduções substanciais e sustentáveis das emissões dos gases de efeito estufa”. “Temos de agir agora, caso contrário, vamos comprometer o futuro dos nossos filhos, netos e muitas gerações futuras, porque o tempo não está do nosso lado", diz Jarraud. 

Principais gases de efeito de estufa: CO2, CH4 e N2O

O dióxido de carbono (CO2) é o principal gás de efeito estufa emitido pelas actividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação. De acordo com a OMM, a concentração global de CO2 na atmosfera atingiu as 393,1 partes por milhão (ppm) em 2012, ou 141% do nível pré-industrial de 278 ppm. Isto significa um aumento de 2,2 ppm entre 2011 e 2012, acima da média 2,02 ppm por ano para os últimos 10 anos, mostrando uma tendência de aceleração.

As concentrações mensais de CO2 observadas em 2012 ultrapassaram o valor simbólico de 400 ppm em várias estações de monitorização. Já este ano, as concentrações horárias e diárias também ultrapassaram este limiar em várias partes do mundo, como em Mauna Loa, no Havai, a mais antiga estação de medição atmosférica contínua no mundo, que é considerada como um local de referência na rede global de vigilância atmosférica. As concentrações de CO2 estão sujeitas a flutuações sazonais e regionais, mas ao ritmo actual de aumento, a concentração global deverá ultrapassar as 400 ppm em 2015 ou 2016.

O metano (CH4) é o segundo mais importante gás de efeito estufa de longa duração, com perto de 40% das emissões oriundas de fontes naturais, e cerca de 60% proveniente de actividades humanas como a pecuária, agricultura de arroz, a exploração de combustíveis fósseis, aterros e queima de biomassa. Em 2012, devido ao devido ao aumento das emissões de fontes antropogénicas, o metano atmosférico atingiu um novo recorde de cerca de 1.819 partes por mil milhões (ppb), ou 260% do nível pré-industrial. 

O óxido nitroso (N2O) é emitido para a atmosfera a partir de fontes naturais (cerca de 60%) e antropogénicas (aproximadamente 40%), incluindo oceanos, solo, queima de biomassa, uso de fertilizantes e vários processos industriais. Em 2012, aconcentração atmosférica foi de cerca de 325,1 ppb, mais 0,9 do que em 2011 e 120% do nível pré-industrial. O seu impacto sobre o clima, ao longo de um período de 100 anos, é 298 vezes maior do que emissões idênticas de dióxido de carbono. Também desempenha um papel importante na destruição da camada estratosférica de ozono que protege os seres vivos da radiação ultravioleta do sol.

O estudo da OMM refere as concentrações atmosféricas - e não as emissões - de gases de efeito estufa. As emissões representam o que vai para a atmosfera, enquanto as concentrações representam o que permanece na atmosfera após o complexo sistema de interacções entre a atmosfera, a biosfera e os oceanos. [Fonte: OMM]

Notícias:

Terra: Novo recorde em 2012 de concentração de gases do efeito estufa na atmosfera
Reuters: Volumes de gases do efeito estufa atingem novo recorde em 2012
RTP: Gases de efeito de estufa atingem recordes em 2012 

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 12:26

'Clima na Península Ibérica pode ficar cada vez mais seco e mais quente até ao final do século'

Quarta-feira, 02.10.13

Na RTP, com entrevista a Francisco Ferreira, da Quercus: "O clima na Península Ibérica pode ficar cada vez mais seco e mais quente até ao final do século. A súbida do nível do mar poderá mesmo custar a Portugal 14 por cento do PIB. Estas são algumas das consequências das alterações climáticas anunciadas pelos cientistas."

Mais notícias:

Açoriano Oriental: Alterações climáticas provocam extinção de espécie
TSF: Alterações climáticas vão provocar extinção de 60% a 80% de espécies no sul da Europa
Correio da Manhã: "O cenário previsto para Portugal é dramático"

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 22:35

Alterações climáticas – dados divulgados abrangendo Portugal são extremamente preocupantes e exigem ação

Segunda-feira, 30.09.13

Hoje, dia 30 de Setembro, o Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) apresenta o relatório científico completo sobre a ciência climática e com os impactes esperados para a Europa. Na sexta-feira passada, foi apenas dado a conhecer o resumo para decisores políticos com as principais conclusões.


Neste relatório, a Europa é abordada por regiões, sendo que o Sul da Europa e Mediterrâneo inclui Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Eslovénia, Croácia, Hungria, Roménia, Bulgária e partes de França.


Impactes esperados para Portugal para o período 2080-2100


- Precipitação total deve diminuir; os eventos de precipitação diária serão de maior intensidade e mais frequentes, ou seja, menos chuva e mais concentrada. O risco de inundações aumentará.
- Os caudais anuais de água devem diminuir no Sul da Europa e Mediterrâneo até 40%.
- Devido à diminuição da precipitação nas estações quentes, é esperado que aumentem os episódios de seca e escassez de água; os incêndios florestais vão aumentar.
- As culturas agrícolas devem diminuir entre 15% a 20% em toda a região mediterrânea, com um aumento esperado de conflitos relacionados com a segurança alimentar. Os fenómenos climáticos extremos também irão diminuir a segurança alimentar nesta região. O aumento do calor irá ter impactes negativos na saúde animal e na produção alimentar. É provável que diminuam as áreas de pastagem.
- A população que sofre de subnutrição na zona do Mediterrâneo poderá aumentar entre 25% a 90%, mesmo com um aumento da temperatura global abaixo dos 2o Celsius.
- Devido à subida do nível do mar, irá diminuir a disponibilidade de água potável e irá aumentar os níveis de salinização da mesma, em toda a costa Mediterrânea. O PIB irá diminuir 5 a 10% com os custos relacionados com a adaptação às alterações climáticas e 14% sem adaptação, devido à subida do nível do mar.
- Prevê-se a extinção de 60% a 80% das espécies no Sul da Europa e Mediterrâneo, mesmo com aumento da temperatura global abaixo dos 2o C.
- As alterações nos caudais dos rios irão afetar a produção de energia renovável pelas grandes barragens, disponibilidade de água, bem como os ecossistemas.

Posição de Portugal e da União Europeia deve ser forte na próxima Conferência das Nações Unidas sobre clima em Varsóvia

A ambição da União Europeia (UE) em material de combate às alterações climáticas tem esmorecido nos últimos cinco anos. A UE deve aprovar uma redução de 40% de gases de efeito de estufa até 2020, reforçar objetivos obrigatórios para as energias renováveis e eficiência energética, bem como estabelecer objetivos para 2030 e 2050.

Este relatório vem demostrar que as alterações climáticas já estão a afetar a Europa e que vai piorar sem uma forte ação climática.
Estas previsões - bastante alarmantes para a Europa e, principalmente para o Sul da Europa - devem incentivar a UE e s Estados-membros a adotar medidas mais fortes para a redução de GEE.

O risco dos efeitos catastróficos de desnutrição, conflitos alimentares, incêndios florestais, inundações e extinção de espécies é demasiado elevado para não se tomar uma ação. É fundamental o corte nos subsídios aos combustíveis fósseis para que sejam adotadas medidas para um novo desenvolvimento baseado numa economia de baixo carbono, dentro e fora da União Europeia.

A Quercus estará em Varsóvia e já está a acompanhar as discussões e trabalhos preparativos através do blogue http://varsovia.blogs.sapo.pt/.

Lisboa, 30 de setembro de 2013
A Direção Nacional da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 14:19

RTP: Cientistas lançam alerta para as alterações climáticas

Sexta-feira, 27.09.13

Francisco Ferreira, da Quercus, explica no Bom Dia Portugal, da RTP, os dados do último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC):

Artigos relacionados:

Alterações climáticas: um futuro dramático para Portugal e para o planeta, mas que ainda pode ser minimizado

5º Relatório do Grupo 1 do IPCC: “O aquecimento do sistema climático é inequívoco”

Quercus acompanha o lançamento do mais importante relatório científico: 5º Relatório de Avaliação do IPCC será lançado dia 27

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 10:53

Alterações climáticas: um futuro dramático para Portugal e para o planeta, mas que ainda pode ser minimizado

Sexta-feira, 27.09.13

Hoje às 9 horas (hora de Portugal) o Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) lançou, em conferência de imprensa, o mais importante relatório científico sobre a ciência climática (sumário em inglês). A conclusão é unanime: as alterações climáticas estão a acontecer, o maior causador são as atividades humanas. As previsões devem-nos deixar muito preocupados, mas ainda é possível evitar o pior.

Este 5º relatório foi elaborado por mais de 800 cientistas e beneficia de modelação mais avançada e de uma maior compreensão sobre as alterações climáticas por comparação com relatórios anteriores. Hoje foi lançado o relatório relativo ao grupo de trabalho sobre ciência climática. Durante 2014, serão lançados os relatórios relativos aos outros grupos de trabalho sobre impactes das alterações climáticas (em março 2014) e mitigação das alterações climáticas (abril de 2014). Em outubro de 2014, será lançado, por último, o relatório global de síntese.

O relatório sobre ciência climática, hoje divulgado, aborda diversos aspetos, entre eles a velocidade atual e futura a que o planeta está a aquecer, os impactes sobre as comunidades e biodiversidade e as principais medidas de mitigação e adaptação às alterações climáticas.

Consequências graves

As principais conclusões apontadas pelo relatório e selecionadas pela Quercus são as seguintes:

- Devido aos avanços da ciência do clima e da modelação, estamos mais certo do que nunca que os seres humanos são responsáveis pela maior parte do aquecimento global e seus impactos. As emissões de carbono são responsáveis por todo o aquecimento nos últimos 60 anos. O aumento da temperatura global poderá atingir 4,8 graus Celsius entre os períodos 1986-2005 e 2081-2100.

- As alterações climáticas estão a conduzir a mais fenómenos extremos: ondas de calor, chuvas intensas e subida do nível do mar (poderá atingir 98 cm entre 1986-2005 e 2100).

- Os impactes ambientais estão a acelerar: as camadas de gelo estão a derreter muito mais rapidamente, o aumento do nível do mar está a acelerar e o gelo do mar Ártico está a desaparecer a um ritmo surpreendente.

- Os oceanos têm absorvido uma grande quantidade de CO2, o que está a causar um aumento da acidez que pode perturbar de forma catastrófica toda a cadeia alimentar marinha.

Aspetos mais pertinentes para Portugal

Apesar de os dados mais precisos às escalas regionais só virem a ser divulgados oficialmente na próxima segunda-feira, sabe-se desde já que para países do Sul da Europa e da zona Mediterrânica, as perspetivas são dramáticas: menos chuvas mas mais concentradas no tempo e associadas a cheias, mais fogos, custos muito elevados para combater a subida do nível do mar, menor produção agrícola, maior pobreza, e uma enorme perda de biodiversidade.

Questões cruciais

Há uma pausa recente no aquecimento global?

Este relatório diz que o aquecimento global combinado de oceanos e atmosfera tem continuado a aumentar sem parar. O aquecimento do ar à superfície diminuiu recentemente, porque o calor foi antes absorvido pelo oceano mas irá voltar para a atmosfera em poucos anos. É um ciclo que ocorreu várias vezes ao longo das últimas décadas. A trajetória de longo prazo permanece a mesmo.

Os modelos usados não estão errados? Não houve uma sobrestimação do aquecimento recente?

Este relatório observa que os modelos estão certos no panorama e tendência globais. Por vezes, os modelos não preveem flutuações de curto prazo, como a recente desaceleração do aquecimento das temperaturas da superfície. Isto é eles consideram a lentidão do aquecimento em determinados períodos, mas podem não acertar no período exato em que tal acontece. O relatório diz-nos que, a longo prazo, os modelos correspondem à tendência observada a longo prazo no aquecimento das temperaturas à superfície.

O que dizer sobre a revisão da “sensibilidade climática”?

Infelizmente, a revisão da chamada “sensibilidade climática” é pequena e não muda o fundamental: as emissões estão a subir rapidamente para o cenário pior, que será catastrófico, não importando assim o nível exato de sensibilidade climática. Por outro lado, a boa notícia é esta revisão aumentar a nossa confiança de que podemos manter o aquecimento abaixo do limiar de 2 graus se estivermos no caminho certo, isto é, não é inevitável ultrapassar esse limite nos próximos anos.

Este relatório considera que não há nenhuma ligação entre a seca e a mudança climática?

O relatório observa que a seca tem aumentado em várias regiões. O relatório também constata que a precipitação aumentou noutras regiões. Essas mudanças anulam-se quando se toma uma visão global, sendo que a uma escala regional há um claro aumento na seca.

Conferência das Nações Unidas sobre clima em Varsóvia é próximo momento decisivo

O relatório agora divulgado lança para a discussão política que irá acontecer em novembro, em Varsóvia, um dado muito importante: há um limite à emissão de dióxido de carbono (CO2) para o aquecimento do planeta não exceder 2º Celsius. Neste momento, já usámos mais de metade do CO2 que podemos. O relatório traça um caminho claro para evitar alterações catastróficas. Temos que começar a diminuir as emissões, com cortes significativos nos próximos anos, eventualmente, baixando as emissões nas próximas décadas para zero.

A 11 de novembro de 2013, em Varsóvia, os líderes mundiais estarão reunidos na Cimeira anual convocada pelo secretário-geral da ONU Ban Ki Moon para enfrentar a atual "ameaça ao desenvolvimento, à estabilidade dos países e economias e à saúde do planeta”.

Os governos devem criar mais fundos para aumentar a resiliência e o apoio às comunidades vulneráveis que já sofrem os impactes das alterações climáticas. Mais recursos estariam disponíveis se os governos eliminassem os subsídios atribuídos aos combustíveis fósseis e, em vez disso, estimulassem o acesso às energias limpas e renováveis para todos.

A garantia por um futuro climático seguro será possível se os governos desviarem os investimentos de desenvolvimento tecnológico de novos processos de extração de combustíveis fósseis (gás de xisto e areias betuminosas) para a energia limpa e renovável, bem como para soluções inovadoras sobre formas mais eficientes de utilização de energia. As soluções existem e tomar medidas faz sentido, proporcionando importantes benefícios para as comunidades, economias e ambiente que delas dependem.

A Quercus estará em Varsóvia e já está a acompanhar as discussões e trabalhos preparativos através do Blog http://varsovia.blogs.sapo.pt/.

Lisboa, 27 de setembro de 2013

A Direção Nacional da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 09:45

5º Relatório do Grupo 1 do IPCC: “O aquecimento do sistema climático é inequívoco”

Sexta-feira, 27.09.13

"O aquecimento do sistema climático é inequívoco e, desde a década de 1950, muitas das mudanças observadas não têm precedentes nas últimas décadas a milénios. A atmosfera e o oceano aqueceram, as quantidades de neve e gelo diminuíram, o nível do mar subiu, e aumentaram as concentrações de gases com efeito estufa", lê-se no sumário do 5º relatório do Grupo 1 do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), disponível aqui em inglês.

O documento foi elaborado por 259 cientistas de 39 países, com contributos de mais de 600 autores, e contém 9200 referências a estudos científicos maioritariamente publicados depois de 2007. O texto final contou também com 54677 comentários. Seguem-se nos próximos meses mais dois relatórios e, em Novembro de 2014, a publicação de um documento síntese.

Ver comunicado de imprensa do IPCC (em inglês)

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 09:36

Quercus acompanha o lançamento do mais importante relatório científico: 5º Relatório de Avaliação do IPCC será lançado dia 27

Quarta-feira, 25.09.13

Na próxima sexta-feira de manhã, 27 de setembro, o Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) publica o 5º relatório sobre a ciência climática, também conhecido por relatório do Grupo 1. Com base na melhor análise científica e pelo que já foi divulgado, uma das principais conclusões do relatório será que agora estamos mais certos do que nunca que os seres humanos são os principais causadores das alterações climáticas.

Em cada relatório de avaliação, um grupo de cientistas de todo o mundo analisa a mais recente investigação científica sobre alterações climáticas. Este 5º relatório foi elaborado por mais de 800 cientistas e beneficia, ainda, de modelação mais avançada e de uma maior compreensão sobre as alterações climáticas. Esta sexta-feira, 27 de setembro, será lançado o relatório relativo ao grupo de trabalho sobre ciência climática. Durante 2014, serão lançados os relatórios relativos aos outros grupos de trabalho sobre impactes das alterações climáticas (em março 2014) e mitigação das alterações climáticas (abril de 2014). Em outubro de 2014, será lançado, por último, o relatório global de síntese.

O 4º relatório de avaliação do IPCC, publicado em 2007, foi um catalisador importante para a ação climática a nível nacional e internacional. Este relatório forneceu a base científica para as negociações internacionais no período que antecedeu à Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Copenhaga, em 2009.

Já se sabe que o 5º relatório mostrará, com maior clareza que nunca, que as alterações climáticas são reais, são causadas pelas atividades humanas e requerem medidas urgentes. O nível do mar está a subir, os padrões da precipitação estão a mudar, o gelo no mar está a diminuir e os oceanos estão a acidificar – todos estes impactes têm consequências graves para as nossas comunidades, economias e biodiversidade.

Neste momento, o resumo deste relatório para os decisores políticos está a ser negociado linha por linha entre o IPCC e os delegados governamentais de todo o mundo. Esta negociação significa que todos os países aceitam que o que está escrito no relatório é rigoroso. Após a divulgação do relatório sobre a ciência climática, os líderes de todo o mundo devem ser lembrados de que concordaram que as alterações climáticas estão a acelerar mais rapidamente do que nunca, que os seres humanos são a causa dessas mudanças e que é, portanto, hora dos mesmos corrigirem a sua trajetória de desenvolvimento. Não deve haver qualquer líder no mundo que não tenha já observado os dramáticos impactes das alterações climáticas têm ocorrido nos últimos anos.

As alterações climáticas são um problema complexo, tal como mostram as mais de duas mil páginas do relatório. Mas a maior barreira para a solução do problema é política – as soluções já as temos na mão.

Se queremos ficar abaixo de 2º Celsius de aquecimento global, já usámos mais de metade do nosso orçamento global de carbono. Na reunião de Cancún, em 2010, os líderes concordaram que era necessário agir imediatamente. Na reunião de Doha, em 2011, voltaram a reafirmá-lo.

A 11 de novembro de 2013, em Varsóvia, os líderes mundiais estarão reunidos na Cimeira anual convocada pelo secretário-geral da ONU Ban Ki Moon para enfrentar a atual "ameaça ao desenvolvimento, à estabilidade dos países e economias, à saúde do planeta. " Em Varsóvia, serão conhecidos, e como tal incontornáveis, os resultados completos do 5º relatório do IPCC sobre a ciência climática.

Os governos devem criar mais fundos para aumentar a resiliência e o apoio às comunidades vulneráveis que já sofrem os impactes das alterações climáticas. Mais recursos estariam disponíveis se os governos eliminassem os subsídios atribuídos aos combustíveis fósseis e, em vez disso, estimulassem o acesso às energias limpas e renováveis para todos.

A garantia por um futuro climático seguro será possível se os governos desviarem os investimentos de desenvolvimento tecnológico dos novos combustíveis fósseis (gás de xisto e areias betuminosas) para a energia limpa e renovável, bem como para soluções inovadoras sobre formas mais eficientes de utilização de energia. As soluções existem e tomar medidas faz sentido, proporcionando importantes benefícios para as comunidades, economias e meio ambiente que delas dependem.

A Quercus estará em Varsóvia e já está a acompanhar as discussões e trabalhos preparativos através do Blog http://varsovia.blogs.sapo.pt/.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 09:53

Próximo relatório do IPCC deverá reforçar convicção de que o aquecimento global é causado pelo homem

Sábado, 17.08.13

O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) está prestes a divulgar o primeiro de três relatórios da quinta avaliação realizada desde 1988. O documento só será conhecido em Setembro, mas a agência Reuters avança que o rascunho a que teve acesso revela que o painel de especialistas da ONU afirma que há uma probabilidade de pelo menos 95% de que é a actividade humana a principal causa do aquecimento global desde 1950.

Segundo a mesma fonte, este valor é superior aos 90% registados no relatório anterior de 2007, aos 66% de 2001 e aos 50% de 1995. O documento ajudará a reduzir os argumentos da minoria de cientistas que atribui o aquecimento global a variações naturais do clima, mas vem admitir que a previsão sobre o impacto destas alterações sobre determinadas regiões do planeta está a ser mais difícil do que esperado. "Estamos um pouco mais certos de que a mudança climática é largamente provocada pelo homem, mas temos menos certeza do que muitos esperariam sobre os impactos locais", admite Reto Knutti, professor no Instituto Federal Suíço de Tecnologia, em Zurique, citado pela Reuters.

 

Notícia da Reuters: Especialistas estão mais seguros que aquecimento global é causado pelo homem

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 10:00