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Greenpeace pede em Varsóvia a libertação dos 30 detidos no Ártico

Quinta-feira, 14.11.13

COP19 - FreetheArctic30

O Estádio Nacional de Varsóvia, sede da COP19, foi ontem palco de uma acção da organização ambientalista Greenpeace que quis reiterar o pedido de libertação dos 28 activistas e dois jornalistas que continuam detidos na Rússia, dois meses após terem participado num protesto contra a exploração petrolífera no Ártico, a 18 de Setembro.

Três dezenas de activistas exibiram outras tantas fotos dos detidos que foram esta semana transferidos de Murmansk, no norte do país, para São Petersburgo, onde foram distribuídos por três centros de detenção. O grupo oriundo de 18 países foi detido a bordo do navio "Arctic Sunrise", que também foi apreendido pelas autoridades russas, que inicialmente acusaram os activistas de “pirataria”, mas acabaram por baixa a acusação para “vandalismo”. [mais fotos da acção © Greenpeace Polónia]

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por Quercus às 12:15

Há mais dois “Fósseis do Dia”: a repetente Austrália e a Turquia; e um prémio especial para o Canadá

Quinta-feira, 14.11.13

O Governo australiano apresentou um novo pacote legislativo em matéria de alterações climáticas, o “plano de ação direta”, que traz um objectivo insignificante de apenas 5% de redução de emissões de gases de efeito de estufa (GEE). Os economistas não acreditam que o país cumpra esta meta, mas mesmo assim não parece estar no topo das prioridades do novo Governo a elaboração de um plano B, ou o aumento do financiamento nesta área. Além de revogar o preço sobre as emissões de carbono, há noticias igualmente sombrias de que a Austrália vai reduzir o financiamento da Agência Australiana de Energia Renovável em 435 milhões de dólares, e retirar 10 mil milhões dólares de investimento em energia limpa.

Acresce a declaração ultrajante do primeiro-ministro Tony Abbott, que abriu o novo parlamento com a afirmação de que “em matéria de Governo, os adultos estão de volta ao comando”. A Austrália, para quem não sabe, já aumentou em 124% as suas emissões de GEE, em relação aos níveis de 1990. Nos últimos anos, o país registou o maior aumento relativo de emissões anuais de carbono, e é o quarto maior investidor do mundo em carvão. Razões mais do que suficientes, no entender da Rede de Ação Climática (CAN), para o país ficar em primeiro lugar na atribuição do “Fóssil do Dia” de quarta-feira.

Mas os australianos não ficam sozinhos no pódio. O segundo lugar de ontem foi atribuído à Turquia, que parece ter-se esquecido dos prémios que recebeu em conferências anteriores. Há rumores de que o país fechou o seu Conselho de Coordenação Interministerial para as Alterações Climáticas e desmantelou outras instituições que deviam trabalhar sobre o tema. Mas o pior indicador, considera a CAN, é a ausência de representantes do Ministério do Ambiente na lista de participantes na COP.

Mas as más notícias não acabam. Há países, como o Canadá, que além de terem uma péssima política contra as alterações climáticas, vão ao ponto de felicitar os outros que têm igualmente má prestação. O país rejeita a atribuição de preços às emissões de carbono, preferindo uma abordagem regulatória ineficaz, como demonstrado pelos resultados: segundo a estimativa do Governo, em 2020 as emissões do país estarão 20% acima das metas assumidas na COP15, em Copenhaga. Por isso, o Canadá recebeu o prémio especial “Fóssil da Descrença”.

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por Quercus às 11:01