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Nova versão de texto negocial no âmbito da Plataforma de Durban para Ação Fortalecida (ADP)

Quarta-feira, 20.11.13

[Actualizado] Pouco depois das 20h foi conhecida a terceira versão do documento em discussão no grupo de trabalho "Ad Hoc" sobre a Plataforma de Durban para Ação Fortalecida (Ad Hoc Working Group on the Durban Platform for Enhanced Action - ADP). A meio da tarde tinha já sido divulgada a segunda versão.

 

DRAFT TEXT on ADP 2-3 agenda item 3 . Implementation of all the elements of decision 1/CP.17

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O primeiro texto negocial relevante

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por Quercus às 17:43

Marcin Korolec já não é ministro do ambiente, mas ainda é presidente da COP19

Quarta-feira, 20.11.13

Os participantes na COP19 foram hoje surpreendidos com o anúncio de que Marcin Korolec já não é o ministro do Ambiente polaco, mas o primeiro-ministro Donald Tusk pediu-lhe para continuar no governo e como presidente da COP19 (ver vídeo da conferência de imprensa). O novo ministro do Ambiente é Maciej Grabowski, mas ainda não se sabe se irá aparecer na conferência que decorre em Varsóvia até sexta-feira.

Korolec tentou tranquilizar os participantes e assegurou que irá manter-se na condução da COP, agora "mais concentrado” no sucesso das negociações. Esclareceu também que a decisão sobre a troca de titulares da pasta do ambiente, entre outras visadas pela remodelação, só será aprovada formalmente na quarta-feira da próxima semana, a 27 de Novembro, e que ficará responsável plenipotenciário pela pasta da política climática e com o cargo de secretário de Estado do Ambiente, responsável pelo tema das alterações climáticas.

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por Quercus às 15:29

ECO "rosa" alerta para necessidade de financiamento climático

Quarta-feira, 20.11.13

O ECO (jornal da COP da responsabilidade da CAN) hoje é diferente. Foi impresso em papel cor-de-rosa para imitar os jornais financeiros. O primeiro ECO Finance (versão em PDF - sem o rosa) de sempre pretende chamar a atenção para a reunião Ministerial sobre finanças que vai hoje decorrer e que é um dos pontos chave nas negociações.

A aceleração e a multiplicação dos impactes das alterações climáticas estão a ter repercussões no sistema económico global. A recusa dos países desenvolvidos em assumir compromissos de financiamento, para mitigação e adaptação, estão a consumir energias às negociações tanto como a recusa de alguns em reduzir emissões.

Para todos os países trabalharem juntos, apesar das diferenças entre desenvolvidos e em desenvolvimento, os compromissos devem ser concretizados. A falta de compromissos de financiamento está a bloquear o programa REDD+, a esvaziar o Fundo de Adaptação e a ameaçar o Fundo Verde para o Clima e a dar a justificação perfeita para que o texto do principal grupo negocial da conferência (ADP) continue destituído de conteúdo.

Mas claro que há dinheiro, mas na direção errada. Por exemplo, segundo dados da OCDE, os subsídios aos combustíveis fósseis em 2013 foram cinco vezes superiores aos fundos destinados ao financiamento climático.

No momento em que pela primeira vez há um segmento de alto nível sobre financiamento, é necessário que os Governos demonstrem credibilidade e assegurem previsibilidade nos compromissos assumidos.

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por Quercus às 11:51

WTF? Onde está o financiamento?

Quarta-feira, 20.11.13

Os activistas das ONG presentes na COP19, em Varsóvia, perguntaram ontem aos delegados “Onde está o financiamento?” (WTF, do inglês “Where is The Finance”, e também um trocadilho com uma expressão de calão online), num alerta que antecedeu o encontro ministerial sobre financiamento climático que está a decorrer hoje. [Foto © Al Kinley/Oxfam]

Também em vídeo:

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por Quercus às 11:45

Mais dois “Fósseis do Dia” para repetentes: Polónia e Austrália

Quarta-feira, 20.11.13

Faltou dar conta aqui dos dois mais recentes “Fósseis do Dia”, o galardão das ONG para os países com piores prestações nas COP. O último conhecido foi atribuído na segunda-feira ao país anfitrião, a Polónia, devido à sua dependência do carvão, o maior contribuinte para o aumento de CO2 antropogénico na atmosfera e o principal responsável pela actual crise climática.

Numa tentativa cínica de promoção do carvão, o Governo polaco está a apoiar uma Cimeira Internacional sobre Carvão e Clima, “o evento mais importante da indústria do carvão do ano", no âmbito do qual o ministério polaco da economia e Associação Mundial de Carvão desenvolveram o “The Warsaw Communiqué”, uma declaração que alega que “há uma concepção errónea de que o uso do carvão é incompatível com a resposta ao desafio das alterações climáticas”.

Como a secretária-executiva da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), Christiana Figueres, disse nesta cimeira, se quisermos garantir um clima de segurança, a maior parte das reservas conhecidas de carvão terá que ficar no solo.

Também na segunda-feira, um grupo de 27 cientistas publicou uma declaração (ver PDF) que desmonta a tese do “carvão de alta eficiência” promovido nesta cimeira. Os cientistas confirmam que a continuação da queima de carvão tornará impossível a garantia de um clima seguro. Segundo a Agência Internacional de Energia, se quisermos ter alguma hipótese de ficar abaixo do limiar dos 2ºC de aumento de temperatura, dois terços das reservas conhecidas de combustíveis fósseis devem permanecer no solo.

Apesar disso, o primeiro-ministro polaco afirma que, à semelhança do passado, a Polónia continuará a depender do carvão. E, apesar de 80% de polacos pensarem que as alterações climáticas são um problema sério e que a Polónia deve fazer mais para o evitar, o Governo tem prevista a exploração de uma das maiores reservas de linhito (um tipo de carvão) do mundo, num projecto que implicará o realojamento de 20 mil pessoas.

Segundo as ONG da Rede de Ação Climática (CAN), que integra a Quercus, a Polónia poderia reduzir metade da sua procura por carvão, aumentar a energia proveniente de fontes renováveis em mais de 25 por cento e criar 100 mil postos de trabalho até 2030. Em vez disso, o Governo pretende aumentar as emissões de gases de efeito de estufa, mesmo 2020.

E vão 4 para a Austrália

Antes, no sábado, foi a vez da Austrália receber o quarto “Fóssil do Dia” consecutivo, num feito inédito que leva as ONG a questionarem se o país quer ultrapassar o Canadá em número de “fósseis” ganhos numa COP. Depois de receber o primeiro galardão na segunda-feira, por recusar apresentar novos compromissos financeiros, a Austrália insistiu na “retórica desagradável” e tentou minar o próprio conceito de financiamento climático. O Governo australiano afirmou que “não é realista, nem aceitável” que haja obrigações financeiras novas por parte dos países desenvolvidos, numa tentativa de minar um dos pilares da UNFCCC.

A Austrália recusa que o financiamento climático se transforme numa espécie de prestação social, mas as ONG lembram que se trata de uma obrigação moral dos países desenvolvidos e de um compromisso legal que estes assumiram devido à sua responsabilidade pelas aliterações climáticas. Um novo financiamento climático adequado e previsível – principalmente oriundo de dinheiros públicos – não é uma parte opcional da UNFCCC, mas sim um dos seus alicerces, sem o qual toda a arquitectura internacional do clima desmorona, afirmam as ONG. [Fonte: CAN]

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por Quercus às 08:30