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"Fósseis do Dia" para Singapura, EUA e Arábia Saudita e prémios especiais para a Austrália, Canadá e Chile

Sexta-feira, 22.11.13

A iniciativa “Fóssil do Dia” da Rede de Ação Climática (CAN) termina todos os anos com um galardão especial, o “Fóssil Colossal”, que este ano vai para a Austrália, mais precisamente para o novo Governo, que assim ganha o seu primeiro grande prémio internacional. A distinção deve-se à intenção da delegação em acabar com o preço sobre as emissões de carbono, à falta de abertura para aumentar a meta de redução de emissões do país, e ao bloqueio das negociações do mecanismo de “perdas e danos”.

Já o Canadá recebe o “Fóssil Carreira Inútil” (tradução livre), um prémio especial que distingue a recusa de longa data em dar um contributo significativo na luta contra o aquecimento global. As ONG afirmam que o enquanto o país mantiver o “vício” nas areias betuminosas, será sempre um campeão fóssil. O registo do Canadá é de facto inigualável, dado que foi o único país a abandonar o Protocolo de Quioto. Além disso, não só não cumpriu as metas de redução de emissões anunciadas antes da COP15, em Copenhaga, como tem, com esta postura, atrasado o avanço de outros países nas negociações e no próprio processo de Quioto, no qual, entretanto, o Japão também anunciou que não vai cumprir a meta estabelecida para 2020. Acresce que o Canadá apoiou algumas posições da Austrália, o que faz do país um verdadeiro "retardatário do clima".

Quanto aos “Fósseis do Dia”, o primeiro lugar é de Singapura, pela oposição à clarificação do roteiro até ao acordo de ação climática global que precisa ser adoptado em 2015. Além disso, a ilha-cidade-estado, tem promovido um texto fraco no capítulo dos compromissos de redução de emissões de carbono no pós-2020, impedindo que as acções nacionais sejam integradas num sistema multilateral com regras. Apesar de ser um membro da AOSIS (Aliança de Pequenos Estados Insulares), Singapura está a bloquear progressos para o acordo de 2015 devido à falta de vontade em aceitar que deve contribuir para a solução.

O segundo lugar vai para os EUA, por não estar a ter o papel construtivo esperado e por estar a bloquear progressos no processo financeiro de longo-prazo, assim como no acordo entre a COP e o Fundo Verde para o Clima. Os EUA estão igualmente a dificultar a criação de um mecanismo internacional de “perdas e danos” já acordado na COP18. E em terceiro, a Arábia Saudita, que quer introduzir no acordo de 2015 apossibilidade de ser compensada por perdas em vendas de petróleo, caso o mundo decida reduzir o uso de combustíveis fósseis para resolver o problema do aquecimento global...

Por último, foi também atribuído um “Raio do Dia” - o galardão positivo - ao Chile, pelo trabalho feito na Aliança Independente da América Latina e do Caribe (AILAC), um bom exemplo de integridade moral e de envolvimento da sociedade civil.

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por Quercus às 22:44

Saiba como o clima está a mudar na Europa

Sexta-feira, 22.11.13

A delegação europeia da Rede de Ação Climática (CAN), que inclui a Quercus, divulgou um relatório (anexo e disponível em PDF) que sintetiza as consequências das alterações climáticas na Europa, à luz das últimas conclusões do Painel Intergovernamental de Cientistas para as Alterações Climáticas (IPCC). O documento alerta que os fenómenos meteorológicos extremos não acontecem só em países exóticos e que os impactes climáticos já atingem os europeus, com efeitos sobre a segurança ecológica e a produção de alimentos, por exemplo. Portugal, à semelhança de Espanha, irá sofrer com mais frequência períodos de seca prolongada e vagas de calor, com consequências a nível dos incêndios florestais, como aconteceu com a vaga de calor de Agosto de 2003, com as temperaturas a atingirem 48ºC. 

This Is Climate Change In Europe por Quercus ANCN

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por Quercus às 11:29

Índia ganha “Fóssil do Dia” no penúltimo dia da COP19

Sexta-feira, 22.11.13

A Índia foi o país galardoado ontem com o “Fóssil do Dia” pelas ONG presentes na COP19, devido ao empenho demonstrado contra a equidade nas sessões do grupo de trabalho sobre a Plataforma de Durban (ADP). Na quarta-feira, o país foi também distinguido devido ao esforço dedicado à retirada do texto negocial da única menção ao termo “equidade”. E no final de mais uma sessão do grupo ADP, a Índia voltou a insurgir-se contra a equidade e a proposta sul-africana de criação de um quadro de referência sobre o assunto, ao mesmo tempo que se esforçou por cancelar um workshop sobre o tema na próxima ronda negocial de ADP, em Bona. A Rede de Ação Climática (CAN), que inclui a Quercus, espera mais de um país que há dois anos, em Durban, defendia a equidade e afirmava que este era um aspecto fundamental num futuro acordo global. 

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por Quercus às 08:00

ONG de Ambiente Internacionais e Movimentos Sociais abandonam a Conferência do Clima em Varsóvia

Quinta-feira, 21.11.13

Às 14h de hoje, dia 21 de novembro, um grupo das principais organizações não governamentais internacionais de ambiente e de desenvolvimento sairá das negociações sobre alterações climáticas que estão a decorrer em Varsóvia, na COP19, em protesto pelo esperado insucesso do encontro. Greenpeace, Oxfam, WWF, ActionAid, Amigos da Terra, Confederação Sindical Internacional e o grupo da campanha 350.org abandonarão o estádio nacional onde decorre o evento. Tal é a primeira vez que uma saída em massa de uma Conferência das Partes acontece.

A Conferência de Varsóvia, que deveria ter sido um passo importante na transição justa para um futuro sustentável, está a caminho virtualmente não levar a qualquer decisão significativa. De facto, as ações de muitos países ricos em Varsóvia estão diretamente a menosprezar a própria Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, que em si, um processo multilateral relevante que deve ser bem sucedido se quisermos resolver a crise climática global.

A Conferência de Varsóvia tem colocado os interesses da indústria poluente acima dos cidadãos do planeta. As organizações e movimentos representando todos os cantos da Terra decidiram que, a bem do melhor uso do tempo, é sair voluntariamente das negociações climáticas em Varsóvia. Assim, o objetivo é mobilizar as pessoas para forçarem os seus governos a tomarem a liderança para uma ação climática séria.

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, como organização nacional, e em linha com a posição da Rede de Ação Climática Europeia, não abandonará a conferência por se considerar que associações nacionais europeias têm conseguido, até agora, um papel relevante na definição das políticas de energia e clima. A Quercus está solidária e de acordo com este protesto único e muito significativo que a sociedade civil mostra junto da inércia dos países.

Varsóvia, 21 de novembro de 2013

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

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por Quercus às 12:29

WTF? Onde está o financiamento?

Quarta-feira, 20.11.13

Os activistas das ONG presentes na COP19, em Varsóvia, perguntaram ontem aos delegados “Onde está o financiamento?” (WTF, do inglês “Where is The Finance”, e também um trocadilho com uma expressão de calão online), num alerta que antecedeu o encontro ministerial sobre financiamento climático que está a decorrer hoje. [Foto © Al Kinley/Oxfam]

Também em vídeo:

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por Quercus às 11:45

Mais dois “Fósseis do Dia” para repetentes: Polónia e Austrália

Quarta-feira, 20.11.13

Faltou dar conta aqui dos dois mais recentes “Fósseis do Dia”, o galardão das ONG para os países com piores prestações nas COP. O último conhecido foi atribuído na segunda-feira ao país anfitrião, a Polónia, devido à sua dependência do carvão, o maior contribuinte para o aumento de CO2 antropogénico na atmosfera e o principal responsável pela actual crise climática.

Numa tentativa cínica de promoção do carvão, o Governo polaco está a apoiar uma Cimeira Internacional sobre Carvão e Clima, “o evento mais importante da indústria do carvão do ano", no âmbito do qual o ministério polaco da economia e Associação Mundial de Carvão desenvolveram o “The Warsaw Communiqué”, uma declaração que alega que “há uma concepção errónea de que o uso do carvão é incompatível com a resposta ao desafio das alterações climáticas”.

Como a secretária-executiva da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), Christiana Figueres, disse nesta cimeira, se quisermos garantir um clima de segurança, a maior parte das reservas conhecidas de carvão terá que ficar no solo.

Também na segunda-feira, um grupo de 27 cientistas publicou uma declaração (ver PDF) que desmonta a tese do “carvão de alta eficiência” promovido nesta cimeira. Os cientistas confirmam que a continuação da queima de carvão tornará impossível a garantia de um clima seguro. Segundo a Agência Internacional de Energia, se quisermos ter alguma hipótese de ficar abaixo do limiar dos 2ºC de aumento de temperatura, dois terços das reservas conhecidas de combustíveis fósseis devem permanecer no solo.

Apesar disso, o primeiro-ministro polaco afirma que, à semelhança do passado, a Polónia continuará a depender do carvão. E, apesar de 80% de polacos pensarem que as alterações climáticas são um problema sério e que a Polónia deve fazer mais para o evitar, o Governo tem prevista a exploração de uma das maiores reservas de linhito (um tipo de carvão) do mundo, num projecto que implicará o realojamento de 20 mil pessoas.

Segundo as ONG da Rede de Ação Climática (CAN), que integra a Quercus, a Polónia poderia reduzir metade da sua procura por carvão, aumentar a energia proveniente de fontes renováveis em mais de 25 por cento e criar 100 mil postos de trabalho até 2030. Em vez disso, o Governo pretende aumentar as emissões de gases de efeito de estufa, mesmo 2020.

E vão 4 para a Austrália

Antes, no sábado, foi a vez da Austrália receber o quarto “Fóssil do Dia” consecutivo, num feito inédito que leva as ONG a questionarem se o país quer ultrapassar o Canadá em número de “fósseis” ganhos numa COP. Depois de receber o primeiro galardão na segunda-feira, por recusar apresentar novos compromissos financeiros, a Austrália insistiu na “retórica desagradável” e tentou minar o próprio conceito de financiamento climático. O Governo australiano afirmou que “não é realista, nem aceitável” que haja obrigações financeiras novas por parte dos países desenvolvidos, numa tentativa de minar um dos pilares da UNFCCC.

A Austrália recusa que o financiamento climático se transforme numa espécie de prestação social, mas as ONG lembram que se trata de uma obrigação moral dos países desenvolvidos e de um compromisso legal que estes assumiram devido à sua responsabilidade pelas aliterações climáticas. Um novo financiamento climático adequado e previsível – principalmente oriundo de dinheiros públicos – não é uma parte opcional da UNFCCC, mas sim um dos seus alicerces, sem o qual toda a arquitectura internacional do clima desmorona, afirmam as ONG. [Fonte: CAN]

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por Quercus às 08:30

"Fóssil do Dia" para o recuo do Japão na ação climática

Sábado, 16.11.13

Parece uma piada de mau gosto e vale a atribuição inequívoca de mais um “Fóssil do Dia”: a COP19 serve para os países aumentarem o nível de ação face às alterações climáticas mas, ontem, o Japão fez precisamente o contrário, ao anunciar (em Tóquio) uma diminuição drástica da sua meta de redução de emissões para 2020. Na prática, o novo compromisso equivale a um aumento de 3,1% em relação aos níveis de emissões de 1990.

Em 2009, o Japão anunciou que até 2020 iria reduzir as emissões em 25%, em relação a 1990. Agora, a Rede de Ação Climática (CAN), que integra a Quercus, pede à delegação japonesa para reler os relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) e para refazer as contas. A nova meta é, inclusive, um passo atrás em relação ao compromisso de Tóquio no primeiro período de vigência do Protocolo de Quioto, que era de 6% de redução a partir de 1990.

Como pode o Japão contribuir para elevar o nível de ambição internacional se, enquanto terceira maior economia, diz que só pode aumentar as emissões? O país alega que o cenário pós-acidente nuclear em Fukushima obrigou ao aumento de combustíveis fósseis, mas as ONG entendem que é possível fazer melhor sem recorrer a esta retórica. “Não há desculpas, sabemos que podem fazer melhor. Não queremos a energia nuclear e não queremos as alterações climáticas. Façam o favor de reconsiderar e de regressar com metas ambiciosas”, apela a CAN.

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"Fóssil do Dia” vai para a Austrália e “Raio da Solidariedade” para as Filipinas

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por Quercus às 10:30

E vão três: a Austrália vence mais um “Fóssil do Dia” e o Japão recebe uma “Menção desonrosa”

Sexta-feira, 15.11.13

A Austrália foi ontem galardoada com mais um “Fóssil do Dia”, o “prémio” das organizações não governamentais para as piores prestações nas conferências do clima. Em causa está a recusa do país em tomar acções concretas e em apoiar a necessidade de financiamento aos países em desenvolvimento, para fazerem face aos impactes já notórios das alterações climáticas. O voto de solidariedade para com as Filipinas não é suficiente, dizem os activistas.

O galardão justifica-se também pela prestação obstrutiva que o país está a ter nas negociações do mecanismo de “perdas e danos”, com a Austrália a opor-se a temas como os fundos de reabilitação, uma área de trabalho já acordada nas negociações do ano passado, ou os seguros, previstos na Convenção, e a insistir que o programa de trabalho deve ser encerrado após haver um acordo institucional, apesar de outros países destacarem a utilidade do programa e a necessidade de discussões futuras.

Apesar da maioria dos países mostrarem um espírito construtivo nesta matéria, o Japão acabou por merecer uma “Menção desonrosa” pelo apoio dado à posição beligerante e obstrutiva da Austrália. [Fonte: CAN/Foto © David Tong - Adopt A Negotiator]

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por Quercus às 11:53

Expectativas da Rede de Ação Climática para a COP19

Terça-feira, 12.11.13

A Rede de Ação Climática (CAN, da sigla em inglês) espera que a COP19, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que está a decorrer em Varsóvia, aumente o nível de ambição no curto prazo e estabeleça um caminho de combate às alterações climáticas para 2015. [versão em PDF e vídeo da conferência de imprensa]

Varsóvia: No caminho para Paris - Expectativas da Rede de Ação Climática para a COP19

A CAN é a maior rede mundial da sociedade civil, com mais de 850 organizações em 90 países, que trabalham em conjunto na promoção da ação governativa para lidar com a crise climática. A Quercus é membro da CAN Internacional fazendo parte do núcleo regional europeu, a CAN Europa. mais em www.climatenetwork.org

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por Quercus às 12:10

“Fóssil do Dia” vai para a Austrália e “Raio da Solidariedade” para as Filipinas

Terça-feira, 12.11.13

A Austrália recebeu ontem o primeiro “Fóssil do Dia” da COP19, uma iniciativa diária promovida pelas organizações não governamentais de ambiente e desenvolvimento da Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês), que junta mais de 850 organizações, para distinguir os países com pior prestação na conferência.

Quando muito pensavam que a posição da Austrália não podia piorar, soube-se anteontem que o país não tenciona apresentar novos compromissos financeiros em Varsóvia, nem mesmo depois da tragédia ocorrida nas Filipinas, país vizinho que precisa de apoio financeiro internacional para se precaver para o futuro. Esta postura de falta de compreensão dos objectivos do financiamento climático valeu ao Governo de Camberra o primeiro “Fóssil do Dia”.

Por outro lado, as ONG decidiram atribuir um galardão especial às Filipinas, com o “Raio da Solidariedade”, um galardão baseado no “Raio do Dia”, o prémio que distingue os progressos nas negociações. Neste caso é um gesto solidário para com as Filipinas e as outras nações que foram atingidas pela devastação deixada pelo supertufão Haiyan, e uma forma de reforçar a exigência de um novo acordo vinculativo em 2015, que permita reduzir a ameaça das alterações climáticas.

“Ouvimos o principal negociador da Filipinas, Yeb Sano, na abertura da COP, a pedir medidas urgentes para evitar a repetição da tempestade devastadora que atingiu o seu país durante o fim de semana. Sano agradeceu à sociedade civil, especialmente aos que arriscam as suas vidas a subir a plataformas de petróleo no Ártico, tentam impedir a construção de novos oleodutos, ou tomam ação direta contra a indústria de combustíveis fósseis sujos. Por isso dizemos a Sano e ao resto dos países do mundo, que a sociedade civil nunca sentiu tanto a urgência de acção, e garantimos que nunca vamos perder a nossa paixão, motivação e determinação para alcançar mudanças neste e noutros eventos”, afirmam os ativistas da CAN.

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por Quercus às 09:00

Rede de Ação Climática pede libertação dos "30 do Ártico"

Segunda-feira, 11.11.13

A Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês), uma plataforma internacional da sociedade civil que integra a Quercus, pediu hoje a libertação dos 30 activistas detidos pelas forças se segurança russas em águas internacionais do Ártico. “Há 54 dias, 28 manifestantes pacíficos de uma organização membro da CAN, e dois jornalistas, os “30 do Ártico”, foram detidos sob a ameaça de armas em águas internacionais. Por protestar contra uma plataforma de petróleo, foram acusados dos "crimes" de pirataria e vandalismo. Mas o verdadeiro crime é a busca incessante de combustíveis fósseis pela indústria suja e os impactos que isso tem no nosso planeta”, diz o diretor internacional da Rede de Ação Climática.

Wael Hmaidan defende que “só é possível perfurar para extrair este combustível porque o gelo está a derreter. Mas mais petróleo significa mais degelo, o que resultará em que mais petróleo ficará acessível e o círculo vicioso continua. Um circulo que os delegados na COP19 têm o poder de parar. Podem ser a primeira geração de líderes a enfrentar o desafio das alterações climáticas, ou podem ser os últimos a recusar fazê-lo, condenando as nossas crianças a viver num mundo cada vez mais perigoso”, afirma este dirigente. 

Um dos activistas detidos, o polaco Tomasz Dziemianczuk, enviou uma carta aos delegados na COP19. “Hoje em dia, a proteção ambiental exige ações mais corajosas. A fim de proteger o que nos é precioso, temos de realizar mais ações. Que ações estão dispostos a tomar? Vão comprometer-se com cortes adicionais das emissões e com o financiamento para o clima, por exemplo?" "Não desiludam o Tomasz no seu país”, apela o diretor internacional da Rede de Ação Climática. [Fonte: CAN International]

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por Quercus às 15:39

Activistas formam aerogerador frente ao Parlamento Europeu em defesa de projectos locais de energias renováveis

Quinta-feira, 07.11.13


Foto: FoE Europe [ver reportagem fotográfica]

Mais de 150 pessoas desenharam hoje uma turbina eólica gigante em frente ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, para pedir mais apoio para os projectos locais de energias renováveis desenvolvidos pelas comunidades. A iniciativa pretendeu passar a mensagem de que os cidadãos e os projectos comunitários de energias renováveis devem estar no centro da política energética da Europa.

A acção realizou-se a poucos dias de mais uma ronda de negociações internacionais sobre o clima, que começa na segunda-feira, em Varsóvia, Polónia, e que as ONG consideram “mais uma oportunidade para os políticos da UE afastarem o actual sistema energético sujo que favorece os interesses das grandes corporações multinacionais de energia, e optarem por um novo sistema de energia descentralizado, limpo, e aberto a todos.

"Em toda a Europa as pessoas estão a assumir o poder de se envolver na produção da energia de que necessitam. O nosso aerogerador humano mostra que a energia comunitária é a resposta para a crise climática e energética, mas precisa do apoio dos governos. A UE deve mostrar o apoio claro a um futuro baseado em energias renováveis, definindo uma meta ambiciosa e vinculativa para 2030”, defendeu Magda Stoczkiewicz, directora dos Amigos da Terra Europa, uma das várias ONG envolvidas.

Foram também realizadas ações idênticas na Áustria, Espanha e Reino Unido (ver vídeos). [Fonte: CAN Europe]

Viena:

Londres:

Friends of the Earth – Human Wind Turbine at St Paul’s Cathedral, London from Friends of the Earth EWNI on Vimeo.

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por Quercus às 16:10